quinta-feira, 3 de março de 2011

Caça esportiva coloca leão africano em perigo de extinção

Os caçadores americanos estão se tornando uma grande ameaça para a sobrevivência do leão africano. A demanda por tapetes feitos com a pele do animal, por exemplo, é um dos fatores que pode levar o animal à extrinção, afirma um grupo de organizações que defendem animais selvagens. Além da caça aumentar os índices de ameaça da espécie, o leão africano já está sob ameaça por conta de conflitos com populações que invadem seu habitat.
O documento do grupo em defesa dos leões afirma que os caçadores ocidentais aumentam os riscos de extinção da espécie. Entre 1999 e 2008, 64% dos 5.663 dos animais que foram mortos pela caça esportiva embarcaram para os EUA. O relatório também aponta que o número de leões levados como troféu para os Estados Unidos em 2008 cresceu mais do que o dobro do que o registrado em 1999.
OS EUA também são os maiores compradores da carcaça e das partes do corpo dos leões, incluindo garras, crânios, ossos e genitais. Nos mesmos anos, os americanos importaram 63% dos 2,715 espécimes colocados à venda.
"O leão africano é uma espécie em crise", disse Jeff Flocken, do Fundo Internacional para o Bem-estar Animal. "O rei da selva está sob ameaça, enquanto a caça esportiva feita pelos americanos continua."
A coalizão inclui ONGs como Fundo Internacional para o Bem-estar Animal, Humane Society of the United States (EUA), Humane Society International, Born Free e Defenders of Wildlife, e reivindica que a Casa Branca proíba a importação de troféus e partes de leões ao colocar a espécie na lista de animais em perigo.
Segundo o grupo, o número de leões africanos selvagens caiu bruscamente nos últimos 100 anos. Há um século, circulavam cerca de 200 mil animais no continente africano. Agora, estimativas apontam que permanecem nas savanas de 23 a 40 mil animais, o que representa uma queda populacional em torno de 80%.
Os leões foram extintos de 26 países. Apenas sete - Botswana, Etiópia, Quênia, África do Sul, Tanzânia, Zambia e Zimbábue - ainda podem conter mais de mil leões casa, de acordo com o grupo conservacionista Panthera - que não é parte da coalizão pró-leão africano.
Além da ameaça dos caçadores, os habitats dos leões sofrem pressão com a urbanização e agropecuária. Rodovias, vilas  e áreuas rurais diminuem o espaço habitável dos bichos. "A matança de leões é muito difundida para quem está tentando instalar uma fazenda de gado na África", disse Luke Hunter, vice-presidente executivo da Panthera.

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